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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 701 - 800 (1860 - 1861)
    • 785 - ao Sr. Risse
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785 - ao Sr. Risse

O sacrifício de si mesmo, principal mérito da vocação religiosa. Anúncio da chegada do Sr. Risse para o dia 8 de setembro, dia da Natividade da Virgem Maria.

 

Duclair, 28 de agosto de 1861

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

Queria responder no mesmo dia à sua boa e afetuosa carta, e alegrar-me com você pela graça que Deus lhe fez de desatar um após outro seus laços, para apegar-se a Ele somente; tenho sempre muitas boas intenções, mas realizam-se imperfeitamente, por minha culpa sempre um pouco e também pela multidão dos impedimentos que se põem de permeio com todos os nossos atos. Bendigo ao Senhor que vai, enfim, aproximá-lo de nós e unir mais perfeitamente sua existência à nossa. Vem-me às vezes a inquietação de que você encontre somente uma fraca vantagem nessa união e que não tenhamos bastante alicerce em vida espiritual para responder às suas aspirações, nem, talvez, bastante meios para ajudar bem eficazmente sua ação nas obras. Mas consolo-me por este pensamento: haverá, em todo o caso, uma vantagem assegurada, é a oferta, o sacrifício de si mesmo generosamente feito a Deus, é a vontade de tudo deixar para Ele, mesmo sua vontade, mesmo o pouco que se possui, entregando-se a Ele com a confiança do filhinho nos braços de seu pai. Isso, pelo menos, caro Senhor padre, é bem assegurado e isso é um grande bem, pois é a marca mais excelente que se possa dar a Deus de seu amor, e é também um meio seguro para atrair sobre si graças novas e superabundantes. Tenhamos confiança, portanto, de ambas as partes, caro e bom amigo, o Mestre ao qual você se dá não é ingrato para com seus servos, e se não é por nós, indignos, que Ele o recompensará, Ele saberá fazê-lo de outra maneira bem generosamente. Prometo-lhe, em todo o caso, como nossa fraca parte, a benevolência cordial e a fraterna afeição de todos com minha dedicação mais inteira. Parece-me também que nossos esforços combinados e nossas poucas faculdades reunidas operarão mais poderosamente o bem e que, de volta para Metz, você sentir-se-á totalmente firmado, e pelo pouco de ajuda que lhe daremos, e pelo pensamento que, atrás de você, haveria, em caso de necessidade, outras como que duplicatas suas, para dar-lhe apoio e reforço. Enfim, e acima de tudo, nosso Deus é o Deus de caridade, não é em vão que Ele nos faz repetir cada dia este canto de alegria: Ecce quam bonum et quam jucundum... Ele dará a realização desse doce sentimento na união de coração e de nosso zelo por sua glória e pelo bem dos pobres, crianças e operários.

 

Estou para três ou quatro dias ausente, mas estarei de volta no fim desta semana, bem antes de sua chegada. Conseqüentemente, acredite bem, caro Senhor padre, que vamos contar os dias até a festa da Natividade da Santa Virgem, que será para nós o anúncio de sua vinda; seus jovens amigos de Metz, todo particularmente, falam constantemente da alegria que encontrarão nela. Continuamos sendo satisfeitos com suas disposições, creio que você também estará feliz por reencontrá-los.

 

Adeus, caro Senhor padre, você cuidará, não é, de me dizer o momento da chegada do trem que o trará para cá, a fim de irmos a seu encontro para facilitar-lhe o caminho da estação até Vaugirard.

 

Mil afeições respeitosas de todos, em particular daquele que está feliz por dizer-se

 

Seu devotado amigo e Pai em N.S.

 

                                   Le Prevost

 

 




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