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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 801 - 900 (1861 - 1863)
    • 808 - ao Sr. Pavie
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808 - ao Sr. Pavie

Por ocasião do casamento de um de seus filhos. Continuação da perseguição contra a Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

Vaugirard, 5 de janeiro de 1862

 

Meu excelente amigo,

 

Respondo-lhe sem demora, em nome do Sr. Myionnet e no meu, à sua carta do dia 3 para dizer-lhe toda a parte que tomamos no importante evento que alegrará em breve sua casa. É-nos agradável  termos, através dos anos, guardado toda viva e sempre a mesma a velha afeição que nos une a você e que nos associa a tudo o que pode lhe advir num sentido ou noutro, triste ou alegre, conforme nossa vida se compõe aqui em baixo.

 

Parece-me, meu bom amigo, e bendizemos com você ao Senhor por isso, que a parte do contentamento superou a da pena em sua querida família; não esqueço seus dias de provações, mas as graças e bênçãos foram superabundantes e você bem pode constatar que a mão do Senhor foi generosa para com você. Você continuará até o fim a ser-lhe fiel, sua vida cristã de sua juventude continuará tal na idade mais avançada e guardará a tradição dos usos cristãos de sua família, a qual será continuada por seus filhos. Não há nada melhor do que isso neste mundo, você terá, assim, bem merecido diante dos homens e diante de Deus. Descrevendo assim seu estado presente, exprimo também nossos votos para seu futuro e tenho a confiança de que serão atendidos. Não nos limitaremos, de resto, a esses sentimentos de bem cordial simpatia, rezaremos constantemente por você e pelos seus, para o caro futuro casal todo particularmente. Não deixarei, quanto a mim, de levar essas lembranças ao Santíssimo Sacrifício, feliz de ter esse supremo meio de tornar eficazes minhas afeições. Tomei conhecimento, com o Sr. Myionnet, de suas deliberações e decisões concernente a suas Conferências. Penso com você que é preciso, neste triste naufrágio, juntar todos os destroços da obra que se poderá salvar e tirar deles todo o proveito possível, aguardando circunstâncias melhores. Não temos necessidade de dizer que consideramos a ruptura da Sociedade de São Vicente de Paulo como um dos acontecimentos mais tristes e mais ameaçadores de nosso tempo. O sentimento, não digo dos católicos, mas dos cristãos, é unânime neste ponto. Acho que os antigos chefes da Sociedade teriam desejado que, geralmente, as Conferências continuassem a se reunir, manifestando seu apego ao Conselho Geral, mas havia falta de direção para agir uniformemente. Cada um fez segundo sua consciência e como lhe pareceu melhor, esperando que tudo resulte no bem, definitivamente, e que o Mestre soberano dos homens e das coisas traga de volta a um bom fim uma perturbação que se poderia dizer fatal.

 

Tudo vai como de costume ao nosso redor. Não vejo nada interessante a lhe assinalar naquilo que nos cerca.

 

Mil respeitos à sua querida esposa para o Sr. Myionnet e para mim, diga também a seus queridos filhos que eles têm sinceros amigos em Vaugirard.

 

Seu velho amigo e irmão em N.S.

 

                                   Le Prevost

 




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