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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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809 - ao Sr. DecauxO Sr. de Lauriston deve descansar. Dificuldades da situação dos irmãos em Grenelle; entendimento com o Sr. Decaux a esse respeito.
Vaugirard, 6 de janeiro de 1862
Meu excelente amigo,
Nosso irmão Georges [de Lauriston] sente há muito tempo um grande cansaço que, recentemente ainda, lhe ocasionou alguns acidentes bastante graves; acho que é essencial dar-lhe um pouco de repouso descarregando-o, pelo menos para alguns meses, da tarefa um pouco pesada para ele que deve desempenhar em Grenelle. Sua boa mãe, com 71 anos de idade, mulher venerável em todos os aspectos, me escreveu uma carta instante para me dizer suas vivas inquietações sobre os acidentes reiterados da saúde de seu filho e me conjurar de tomar algumas medidas para aliviá-lo. Prometi-lhe ver a isso e acho, com efeito, que convém dar momentaneamente um pouco mais de calma a esse bom Georges tão dedicado, tão esquecido de si mesmo. Meu desejo seria de mudá-lo de posição temporariamente e de dar-lhe alguma função mansa, pouco preocupante, que pudesse lhe fazer respirar um outro ar e devolver-lhe um pouco de calma. Não me dissimulo que, durante este tempo, haverá algum problema para Notre-Dame de Grâces e que a boa influência de seu espírito afetuoso e conciliador fará falta ali; mas esforçar-me-ei por cobrir sua ausência em toda a medida do possível, fazendo com que o Sr. Myionnet ou o Sr. Lantiez passem cada dia um tempo bastante comprido em Grenelle, pelas noites e aos domingos sobretudo, momentos em que nossos irmãos têm particularmente necessidade de ajuda.
Essa disposição não será, em certos aspectos, sem vantagens; a multidão de seus trabalhos levou nossos irmãos de Notre-Dame de Grâce a umas negligências no tocante à ordem, seu estado financeiro está bastante pesado, suas relações com certos membros da Conferência, os Srs. Bernard ao menos, não são o que teria almejado que fossem; enfim, sua posição em relação ao Sr. Pároco está, neste momento, um pouco tensa. Acho que a presença mais habitual, durante algum tempo, de um homem mais maduro e mais calmo que eles mesmos são, poderá ser-lhes útil e ajudá-los a atravessar um momento difícil.
Desejo, nisso como em tudo, não fazer nada senão de acordo com você; estaria, portanto, bem agradecido a você, meu caríssimo amigo, se quisesse bondosamente dar seu consentimento a essa combinação temporária; eu a considero, já há muito tempo, imperiosamente pedida pelo estado de saúde de nosso irmão Georges, e as vivas instâncias de sua boa mãe parecem também reclamar algum ato de deferência e de boa vontade da nossa parte. Enfim, acho que, com as precauções que me proponho a tomar, sua ausência momentânea será compensada e deixará lugar até para alguns bons resultados que, presentemente, ele não poderia muito obter por si próprio.
Aproveito a ocasião, meu bom amigo, para oferecer-lhe todos os meus votos de ano novo; as provações que nos golpearam ultimamente não fazem senão me tornar mais queridos os laços que me ligam a você e a todos os nossos amigos de São Vicente de Paulo. Vou redobrar, portanto, minhas instâncias junto a Deus para que faça resultar para a sua glória, como todos nós o desejamos vivamente, tanto nossos trabalhos como nossas provações, e juntarei meus humildes esforços aos seus para que nossas obras sofram o menos possível das dificuldades que elas têm que superar.
Sou como sempre em Jesus e Maria
Seu devotado e afeiçoado irmão e amigo
Le Prevost
Respeitos e afeições ao Sr. Baudon, se o vir antes que eu mesmo o encontre.
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