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aos Irmãos de Metz363
Apelo à
união de coração e de alma com o Sr. Risse. Respeito e deferência para com o
Superior.
[11]
de novembro de [1864]
Caríssimos
amigos e filhos em N.S.,
Dirijo-lhes
em conjunto estas poucas palavras de afetuosa lembrança. Não tenho bastante
tempo disponível para escrever a cada um em particular. Porém,
em nosso último Conselho extraordinário, em Chaville, exprimi o desejo de meus
relacionamentos com meus irmãos serem mais regulares e mais constantes.
Infelizmente, minha atividade não é bastante grande para responder a essa boa
intenção. Consolo-me, pensando que vocês encontram, na atenção e cordial
afeição de nosso bom Sr. Risse, os apoios e orientações de que precisam.
Quanto
mais se entenderem com ele, tanto mais força terão para suas obras. Quanto mais
combinarem entre vocês, tanto mais, enfim, satisfação interior e apego à sua
vocação terão. Convido-os muito, então, caros amigos, a tudo fazer para viver
assim em constante união de coração e de espírito com seu caro Superior. Sejam
respeitosos e deferentes para com ele. Esquece-se, às vezes, entre nós, na
intimidade da família à qual estamos acostumados, que o respeito é um dos
deveres essenciais para com todos, sobretudo para com aqueles que Deus
constituiu nossos Superiores. Quando vocês vêem algum bem a fazer, alguns
melhoramentos a realizar na disciplina, nos serviços ou de outra forma,
submetam suas observações ao Superior, seja no Conselho da semana, seja em particular. Não
se enfadem se, no início, sua opinião não é apreciada.Tenham certeza de que, se
a proposição for boa, será, após reflexão, aceita e posta em prática; se for
definitivamente rejeitada, continuem, apesar disso, a fazer cordialmente todos
os esforços para bem conduzir sua obra. Sua submissão deferente será agradável
a Deus e acabará vantajosa para todas suas obras caridosas. Enfim, não procurem
uma independência total em seus trabalhos. É necessária, sem dúvida, uma certa
liberdade de movimento e algum espaço para conduzir as coisas, mas precisa
também deferir aos avisos dos que têm a autoridade superior e não recear
algumas observações ou censuras sobre seu andamento e seus procedimentos. Os
Superiores vêem o conjunto das coisas, nós as vemos somente em parte. Eles têm, de
costume, mais experiência; enfim, têm graça de estado, pois sua autoridade vem
de Deus.
Repito,
caros amigos, não pretendo restringir excessivamente sua iniciativa. Mas desejo
vivamente que deixem também à autoridade do Superior seus direitos e seu lugar.
Desejo que acrescentem ao zelo por suas obras a humilde reserva de seu
julgamento e a obediência de fé que vê no Superior o representante de Deus e o
órgão de sua divina vontade.
Essas
observações, caros amigos, são repletas de cordialidade e de afeição. Eu sei
que posso contar com seu zelo, sua boa vontade, sua dedicação. Quero que todos
esses preciosos recursos obtenham seu resultado e que nada impeça a caridade
entre vocês, o bom sucesso de suas obras e a glória que delas deve resultar
para Deus.
Acreditem,
caríssimos amigos, em todos os meus ternos sentimentos em N.S.
Seu
afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost