986.2 - a Dom Angebault
O Sr. Le
Prevost se desfaz em agradecimentos após o acolhimento que lhe reservou Dom
Angebault. Confia que o Sr. d’Arbois fará, em Angers, o bem que o Sr. Bispo
espera do Instituto.
Vaugirard,
17 de março de 1865
Monsenhor,
Na
chegada, e depois de ter agradecido a Deus que nos protegeu tão bem em nossa
viagem, sinto-me impelido também a dizer-lhe toda a nossa viva gratidão pelas
mil bondades de que nos cumulou, a meu caro companheiro e a mim. Não me lembro
de ter recebido nunca acolhimento tão amável, a não ser na casa paterna, cuja
imagem já está bem longe de mim. Sua doce condescendência, Monsenhor, a fez
reviver para mim durante os poucos instantes que passamos perto de sua pessoa.
Ficamos muito comovidos igualmente pela cordial benevolência dessa companhia
tão digna e tão seleta que o Senhor lhe deu, para consolação de seu coração e
para secundar seu zelo pastoral. Permita-me, Monsenhor, exprimir aqui nossa
gratidão a todos esses Srs. por sua encorajadora simpatia.
Tanta
benevolência e tantos apoios aumentam nossas obrigações já bem grandes para
consigo, Monsenhor. Vamos, então, fazer todos os nossos esforços para reunir o
pessoal que será necessário para o serviço das duas obras que Sua Excia.
consente em nos confiar.
Vou
também me preparar o quanto antes, junto ao Arcebispado, para obter as licenças
de que o Sr. d’Arbois vai precisar.
Confio,
Monsenhor, que esse bom amigo não lhe terá feito uma impressão desfavorável.
Ele ainda é um pouco jovem, mas esse defeito é passageiro e, aliás, esse jovem
padre tem sangue-frio, reflexão e, sobretudo, muita docilidade. Com seus
conselhos, que seguirá fielmente, confio, sobretudo com a ajuda de Deus, que
conseguirá fazer o bem que a ardente caridade de Monsenhor deseja.
Queira
aceitar, Monsenhor, os respeitos de toda nossa, direi “sua” pequena família, e
a veneração profunda com que sou
Seu
humilde servo e devotado filho em Jesus, Maria e José
Le Prevost
Padre