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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 901 - 1000 (1863 - 1865)
    • 989 - ao Sr. Decaux
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989 - ao Sr. Decaux

A próxima fundação em Angers deveria ocasionar para Nazareth algumas mudanças de pessoal. O Sr. Le Prevost as justifica aos olhos de seu jovem Confrade e amigo.

 

Vaugirard, 5 de abril de 1865

 

Meu caro amigo,

 

Venho propor-lhe duas mudanças no pessoal dos irmãos que colaboram na obra do patronato. Direi um pouco por extenso as circunstâncias que me obrigam a isso, para que possa apreciá-las.   

 

Não sei se você já nos ouviu dizer, ocasionalmente, que Monsenhor o Bispo de Angers tinha sido sempre considerado por nós como o protetor e o pai de nossa pequena Congregação. Contribuiu com sua fundação, dando-nos o Sr. Myionnet que dirigia, e sobre o qual ele mesmo tinha olhos postos. Veio então a Paris para abençoar o Sr. Myionnet, o Sr. Maignen e eu, que estávamos iniciando a família, e, em seguida, não cessou de nos favorecer por suas intervenções bondosas e pelos conselhos de sua elevada experiência. Nunca vem a Paris sem nos visitar, nos exortar e nos dar, em uma palavra, todas as marcas de uma bondade verdadeiramente paterna. Em diferentes épocas, tinha assinalado o desejo de que pudéssemos estabelecer sob seus olhos uma pequena colônia em Angers, e diversos planos nesse sentido foram apresentados, de uma época a outra. Sua realização sempre encontrou algumas dificuldades. Em último lugar, esse Venerável Bispo nos pediu para nos encarregarmos do patronato dos jovens operários que havia sido fundado pelo Sr. padre Leboucher sob o nome de Notre-Dame des Champs e que, após sua retirada, tinha sofrido um pouco. Dom Angebault insistiu, com a mais amável bondade, para aceitarmos essa ocasião de nos aproximar dele, nos lembrando, como já tinha feito várias vezes, que estava bem idoso, que tínhamos de nos apressar se quiséssemos que abençoasse nosso estabelecimento na sua cidade episcopal. Pareceu-nos que devíamos aos favores tão repetidos desse santo Bispo e à proteção com que nos cobriu constantemente, prestar alguns serviços a uma obra pela qual demonstra um vivo interesse. Prometemos, então, que, apesar de nossos encargos e de nosso pequeno número, faríamos um esforço corajoso para responder à sua expectativa.

 

A obra de Notre-Dame des Champs, como disse, está em declínio. Necessita, por isso, de dois homens habituados há muito tempo às organizações e aos usos dos patronatos, se se quer ter chance de reerguê-la. Pareceu-nos, após tentativa e rejeição de diversas combinações, que os Srs. d’Arbois e Moutier poderiam assumir isso vantajosamente e nos detivemos nessa escolha. Iríamos substituí-los, o primeiro pelo Sr. padre Braun, o secundo, por nosso jovem Derny, ainda novo entre nós, mas cuja solidez de caráter e longa experiência do patronato tornam digno desse testemunho de confiança. Para preencher o vazio que ele mesmo deixaria em Nazareth, daríamos como ajudante aos Srs. Maignen e Vasseur nessa obra um excelente jovem que já está conosco há dois anos, o Sr. Lucien Jacquart, que poderá, após um certo tempo passado nos patronatos, prestar serviços essenciais.

 

Eis o que pudemos organizar para o melhor. Tínhamos pensado no Sr. Roussel, em outros meios ainda, mas foram julgados pouco praticáveis, após exame atento. Fiz questão, meu caro amigo, de lhe dar esses pormenores circunstanciados, para que julgasse por si mesmo, tanto da obrigação que tínhamos de reconhecer as mil bondades do Monsenhor de Angers para conosco, como da necessidade em que estávamos de dar-lhe sujeitos com uma aptidão particular para os patronatos. Não será impossível, acho, quando Notre-Dame des Champs, com a ajuda de Deus, tiver sido recolocada em bom estado, chamar de volta para Paris o Sr. Moutier, se seus serviços fossem julgados mais úteis ali do que em Angers.

 

Desejo, meu caro amigo, que essas disposições sejam bem motivadas a seus olhos e que fique persuadido de nosso sincero desejo de nada fazer que possa prejudicar as obras às quais concede aqui seus cuidados tão dedicados.

 

Sou bem sinceramente em N.S.

 

Seu devotado servo e amigo

 

                                               Le Prevost

 

P.S. O afastamento do Sr. Moutier será menos sensível se for feito com transição. Meu pensamento seria, portanto, de mandar desde domingo, e várias semanas seguidas, o Sr. Derny a Sainte Anne, para tomar bom conhecimento da posição. Devemos ir a Angers somente na primeira quinzena de maio.




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