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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1001 - 1100 (1865 - 1866)
    • 1024 - ao Sr. Caille
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1024 - ao Sr. Caille

O Sr. Caille deve escrever mais vezes. O que o Sr. Le Prevost pediu a Nossa Senhora da Salete para a Congregação: “a elevação das vistas, o espírito interior e o dom da oração”. Situação das diligências com o  padre Laroche, de Arras.

 

Duclair, 2 de setembro de 1865

 

Meu excelente amigo e filho em N.S.,

 

Há muito tempo não recebemos notícias suas. Sofríamos todos, em Vaugirard e ao redor, por esse longo silêncio. O Sr. Lantiez  teve que fazer ultimamente uma breve viagem a Arras. Por isso, eu o tinha encarregado de vê-lo e de parar um pouco em Amiens na volta, mas uma circunstância imprevista o fez voltar diretamente e essa boa ocasião nos escapou. Na minha última carta, dizia-lhe, caro amigo, que interrupções por demais prolongadas em nossas correspondências não estavam sem inconveniente e prejudicariam talvez, se descuidássemos, a intimidade de nossos relacionamentos. Chamo ainda sua atenção séria sobre esse assunto, e peço-lhe para convidar o Sr. Marcaire ou algum outro a nos escrever todos os meses ao menos, para nos fazer acompanhar pelo olhar seus movimentos e disposições, assim como os fatos concernentes às suas obras. Somos bem pouco fortes, apesar do apoio que encontramos em nossa união; o que seria se chegássemos a nos isolar cada vez mais? Você partilhará, tenho certeza, esse sentimento e fará esforço para satisfazer ao nosso desejo.

 

Voltei de Allevard pouco fortalecido por um tratamento suportado apenas em parte, e cuja eficácia era de antemão, para mim, bastante duvidosa. Uma só coisa me tornava essa viagem atraente, era a peregrinação tão fácil a Nossa Senhora da Salete, segundo a estrada que tínhamos de seguir. De fato, a fizemos com muita alegria e edificação. Espero que a Santíssima Virgem, que se dignava atrair-nos para esse santuário abençoado, tenha recebido todos os nossos votos e os tenha posto aos pés de seu divino Filho. Pude celebrar duas vezes a Santa Missa no altar que lhe é particularmente dedicado, e rezei ali com todas as forças de minha alma. Pedi sobretudo por nossa pequena família a elevação das vistas, o espírito interior, o dom da oração, sem os quais nossos esforços serão vãos e nossas obras infrutíferas. É, seguramente, o que o próprio Senhor deseja mais nos doar. Possamos abrir nossas almas para recebermos um tão grande favor.

 

Estou aqui para um negócio de minha família, até sexta-feira, dia 8. Em Vaugirard e alhures, não estamos sem provações, sem incidentes diversos que teriam certo interesse, talvez, para você, mas me faltaria o tempo para entrar na pormenorização dos fatos e gestos de nossa pequena família. Seria necessária, para tanto, uma correspondência mais regular e mais constante. Prepara-se o retiro que será dado pelo R.P. Milleriot. O dia exato ainda não estava decidido no momento de minha saída, não deixaremos de indicá-lo a você logo que for bem fixado.

 

O negócio de Arras encontra muitas dificuldades. Não sei se poderá chegar a um final feliz, ao menos imediatamente. A vontade continua perfeita dos dois lados, mas os meios de execução são insuficientes.

 

Esperávamos sempre sua visita que você nos tinha anunciado; espero que essa satisfação tenha sido apenas adiada e não seja perdida.

 

Adeus, meu bom amigo, assegure todos os seus irmãos de minha terna afeição e acredite, você mesmo, nos devotados sentimentos de

 

Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 




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