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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1061 - ao Sr. CailleO Sr. Le Prevost se queixa da interrupção da correspondência. Necessidade de se escrever. Notícias das diferentes casas. Falta de pessoal em Arras.
Vaugirard, 27 de fevereiro de 1866
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Todos os nossos irmãos do Conselho se entristecem cada vez mais pela interrupção quase completa das correspondências entre sua casa e o centro da Comunidade. Há mais de dois meses não recebemos cartas de sua casa. Tinha pedido ao Sr. Marcaire para nos escrever quando suas ocupações o impedem de fazê-lo. Um outro desses Senhores poderia ainda, se for necessário, se encarregar disso. De onde vem, portanto, que seu silêncio se prolonga de maneira tão desmedida? Nossas três outras comunidades do interior mantêm conosco os relacionamentos mais íntimos, nos fazem acompanhar seus trabalhos, suas dificuldades, seus êxitos. É com essa condição que a união de todos os membros de nossa Sociedade se pode entreter e não corre risco de enfraquecer. Não é lamentável que Amiens, nossa mais antiga colônia, a mais querida, portanto, a que mais nos deu penhores de um fiel e cordial apego, fique para trás nessas comunicações que não se poderia, sem perigo, deixar esfriar. Tenho certeza, meu bom amigo, de que, no fundo, você partilha meu parecer, e que é somente a multidão de seus cargos e ocupações que o impede de nos entreter mais vezes de tudo o que lhe toca, assim como à sua casa. Mas, repito, alguém de sua casa o supra nisso, tenha certeza de que todos sairemos ganhando e de que o espírito de nossa condição se manterá mais seguramente. Seria indicado, notadamente, nesse fim de ano 1865, que nos mande um resumo, ao menos sumário, de sua situação e dos números das receitas e despesas da comunidade e de suas obras. Você concebe, sem essas comunicações, uma verdadeira comunidade de interesses, uma simpatia constante, uma união real numa palavra, satisfatória para o presente, tranqüilizadora para o futuro? Estou tão convencido da necessidade de uma mais regular correspondência entre nós que não hesitaria, para nosso bem de todos, a prescrevê-la rigorosamente, se não soubesse, por uma longa experiência, de toda a sua boa vontade e sua cordial dedicação a tudo o que é segundo a ordem e a vantagem de nossas obras. Não insisto mais, portanto, confiando, para mais atenção sobre esse ponto, no seu zelo sincero e sua filial afeição.
Tudo vai, aqui e ao nosso redor, mais ou menos bem. O trabalho é rude em todo lugar e os cansaços grandes, mas a coragem geralmente se mantém. O Sr. Laroche, lânguido à força de cuidados e de trabalho, está descansando momentaneamente em Saint Omer, por alguns dias. Não acho que já tenha voltado a Arras. Talvez o tenha visto? Andamos bem juntos, acho que nossa união é sólida desse lado. Com maior razão é assim em Angers, já que a comunidade saiu toda, bem homogênea, de Vaugirard. O patronato, quase caído na chegada de nossos irmãos, está levantado e também o coral da catedral. Não foi sem cansaços nem sem trabalhos. O Sr. d’Arbois sofreu por isso, porém resiste. Espero que suporte o fardo, por pesado que seja.
Em Metz, tudo vai bem. Repito, caro amigo, essas três casas se fazem acompanhar com o olhar por nós, de tal modo que sua vida se mistura com a nossa. Faça com que seja assim para Amiens.
Recebo neste instante uma carta do Sr. Laroche. Diz que, por suas forças não terem voltado, está obrigado, por ordem do médico, a ir por algum tempo fora de Arras, para se restabelecer menos imperfeitamente. Sua casa sofre com essa ausência e nossos jovens irmãos, que o substituem mais ou menos, são insuficientes em número e estão muito cansados, posto que o último enviado a Arras, o jovem Magnien, excelente aliás, não tem êxito nas vigilâncias e os ajuda, por conseguinte, tão pouco, que vou ser obrigado, sem dúvida, a chamá-lo de volta. O Sr. Laroche me pede com insistência para mandar-lhe como ajuda, ao menos temporária, um homem mais formado e que possa se impor um pouco mais. Pensei que, se você pudesse emprestar-lhe momentaneamente o Sr. Mitouard, ele poderia dar-lhes atualmente uma ajuda muito útil. Peço-lhe para me dizer se esse bom serviço lhe é possível e se teríamos de mandar-lhe um irmão ou um perseverante, para ajudá-lo, no caso em que a saúde do Sr. Laroche pedisse que a estada do Sr. Mitouard se prolongasse dois ou três meses em Arras. Aguardo sua resposta, para escrever ao Sr. Laroche.
Fecho aqui minha carta, para que parta sem demora. Acredite bem, caro amigo, em todos os meus sentimentos de terna afeição em Nosso Senhor. Nossos irmãos estão em união comigo e o asseguram também de seu cordial devotamento.
Seu amigo e Pai Le Prevost
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