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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1001 - 1100 (1865 - 1866)
    • 1093 - ao Sr. d’Arbois
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1093 - ao Sr. d’Arbois

O Sr. Le Prevost ajuda o Sr. d’Arbois a combater sua propensão natural ao pessimismo. Convite a ser bondoso para com seus irmãos. Encorajar suas qualidades pela paciência. Notícias da Comunidade.

 

Vaugirard, 8 de junho de 1866

 

Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Hoje, festa do Sagrado Coração, está aqui a maioria de nossos irmãos das obras.  Não conto muito escrever-lhe demoradamente. No entanto, traço algumas linhas, lamentando ter demorado mais do que queria para fazê-lo.

 

Sua última carta, com efeito, estava um pouco triste e parecia chamar para  consolação. Mas pensei, caro amigo, que a disposição de seu espírito vinha do cansaço e da insuficiência do repouso. Espero que, agora, você tenha voltado a melhores condições e que esteja vendo todas as coisas sob um aspecto mais tranqüilizador. Sabe, caro amigo, temos repetido várias vezes, você é um pouco pessimista, e não encara as pessoas e as coisas pelo lado bonito. Tem, portanto, que desconfiar um pouco dessa propensão e endireitar, por si mesmo, seus juízos, por um ato de alta razão e também por um sentimento de caridade. Quando se vê muito o mundo pelo pior, é difícil não entristecê-lo pela falta de simpatia, e o suporte que se lhe concede é, às vezes, tão estrito, que atrai pouco e deixa cada um na reserva. Reanime um pouco sua benevolência tão sincera de costume, ela faz contrapeso à disposição contrária que o solicita de vez em quando e, com a graça do Senhor, fará com que continue todo o bem que fez constantemente entre nós, a seus irmãos e a nossas obras.

 

Seus irmãos são jovens, mas não são ruins por nenhum lado essencial, e têm, ao contrário, todos eles, felizes qualidades que, se cultivadas, produzirão fruto pela paciência. Não é sem razão que o Evangelho usa esse termo. É preciso, com efeito, de muito tempo e muita paciência para nos corrigirmos e nos emendarmos, mas a graça do Senhor, obtida pela oração, faz abreviar muito esses prazos. Afinal, também, enquanto há boa vontade, luta e resistência contra a má natureza, há mérito, o tempo não é perdido e Deus, mais misericordioso, menos exigente do que nós, sabe encontrar sua glória onde encontramos apenas imperfeição e motivo de censura. Repito, caro filho, estou persuadido de que todas essas reflexões são fora de propósito. Você retomou a  confiança, trabalha como antes, sob o olhar de Deus, submisso a suas disposições todas sábias, e bem decidido a considerar toda provação, toda dificuldade, como um meio de santificação que seu amor lhe preparou.

 

Noto que nosso caro filho, Sr. Ladouce, nos escreveu até agora algumas palavras apenas, nem tenho plena certeza disso. Convide-o a nos escrever algumas vezes, assim como os outros. Sempre se faz, para essas cartas, um pequeno esforço de boa vontade e de devolução de afeição, o que não é sem vantagem para ao coração, que fica melhor disposto.

 

Acha que eu faria bem em escrever ao Sr. Jean Gauffriau algumas palavras de representação afetuosa, para convidá-lo a não recair nos seus maus comportamentos que lhe foram, aqui e em outros lugares, tão justamente censurados?

 

Peço-lhe uma pequena informação. Você me disse, acho, que tinha encontrado aqui, rua do Bac ou rua Saint Dominique, um paramenteiro que oferecia suas mercadorias com preços muito moderados. Acha que ele seja mais acessível do  que outros? Nesse caso, diga-me mais precisamente seu endereço. Gostaria de comprar, para Chaville ou para Vaugirard, uma pequena capa branca, simples e barata.

 

Não tenho notícias a lhe dar, estamos na calma imóvel neste momento, nem bem nem mal: nos mantemos, o trabalho é árduo sempre, o dinheiro é pouco comum. Vai bem, financeiramente, de seu lado? Há muito tempo você não me diz nada em matéria financeira.

 

O Sr. Laroche está sempre muito fraco, muito esgotado. Deve vir nos ver em breve, é muito corajoso e domina sua fraqueza. O Sr. Paillé está também muito debilitado neste momento. O Sr. de Varax mal alcançará o momento de abertura das férias no dia 2 de julho. Foi promovido, sabe, assim como nosso irmão Chaverot, ao sub-diaconato. Três dos quatro de nossos jovens irmãos de Issy foram tonsurados. O Sr. Urbain [Baumert] o foi igualmente em Metz, assim como o Sr. Victor [Trousseau], com o Sr. [A] Lainé, em Arras. Todos vão indo. Nosso jovem Boiry, de Issy, desconcertado por uma desagradável pergunta de geometria (o que faz aqui a geometria?) foi reprovado no exame, sendo transferido para o ano que vem: grande amargura, ele ainda não está consolado.

 

Adeus, caríssimo amigo, assegure nossos irmãos de que os amo em  N.S. bem ternamente, e acredite também em minhas mais vivas afeições nos Corações divinos de Jesus e de Maria

 

Seu amigo e Pai

                                               Le Prevost

 

Há bastantes exemplares de mês do Sagrado Coração para seus irmãos? Acho que temos 3 ou 4 disponíveis.

 




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