Dificuldades
de um movimento de pessoal. Deslocamentos do Sr. de Varax Quadro realista da
situação da Comunidade: estamos “nas cadeias”. Cuidar das saúdes.
Vaugirard,
15 de maio de 1868
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Não vejo neste momento a possibilidade de fazer
qualquer mudança útil para você em seu pessoal de Amiens. O envio, ainda não
sei por quanto tempo, do Sr. Jean-Marie [Tourniquet] a Roma, a obrigação assegurada
de lhe dar logo um ajudante para a missão que lhe está confiada, já nos criam
sérias dificuldades. Não podemos mexer uma das pedras do tabuleiro sem fazer
imediatamente vazios, que nos deixam a descoberto e sem defesa alguma possível.
Você me faz tremer ao enumerar todos esses nomes dos quais nenhum pode mexer
sem fazer sua obra desmoronar. Você não tem uma justa idéia de nossa penúria e
da insuficiência de nossa milícia para guardar os 12 postos, se não é mais, que
devemos manter em condições ao menos suportáveis. Não mexa muito neste momento,
com receio de que tudo se deteriore. Lembre-se bem, também, de que, para o
estabelecimento do orfanato em
Saint Jacques, não vejo nada que possamos fazer para
contribuir. O pensamento é bom, acho, mas, para a hora oportuna à sua
realização. Não vejo nesse assunto nada mais que uma perfeita escuridão.
A excursão a Montcoy não está nas condições de
verdadeira necessidade prevista por nossa regra, e seria perto demais das duas
festas da Ascensão e de Pentecostes para não prejudicá-las. Mas você pode estar
vendo no caso, sabendo melhor as coisas, conveniências graves que não enxergo.
Por isso, deixei a decisão ao seu arbítrio e ao do Sr. Caille. Se se detiver na
negativa, tome cuidado para explicar com bastante precisão seus motivos,
junto à sua boa mãe e sua cunhada, para que percebam sua evidência e não nos
acusem de má vontade.
O Sr. Tulasne está sendo aguardado no decorrer
da próxima semana. Logo na sua chegada, vou consultá-lo a respeito das águas.
Não vejo a menor possibilidade de lhe mandar um
padre durante a estada que fará na estação balneária. Nós mesmos pedimos padre
emprestado constantemente. Saint Charles, o Círculo estão assim na dependência,
Grenelle tem somente a metade do Sr. Lantiez. Não posso fazer a menor ausência,
por enfermo que esteja para o serviço eclesiástico, sem criar um sofrimento em
Chaville ou alhures. Estamos todos fixos na muralha sem um movimento possível.
Poderíamos, como São Paulo, datar nossas cartas: nas cadeias, cadeias
abençoadas já que as levamos para Deus. É verdade que nossa confiança (Deus não
vai querer que seja imprudente) é também a causa disso. O Sr. de Brétenières
poderia certamente, ao menos para a duração das águas, se acorrentar em seu
lugar: tais ações são exaltadas na vida dos santos.
Avisei o Sr. Henry [Piquet] da solução negativa
para os castiçais. Seus longos atrasos não mereciam melhor do que isso. Acho
que houve, para ele, impossibilidade de agir de outra maneira, na pressa em que
se encontrou.
Procure resolver o caso para o Sr.
Trousseau. Daremos tal garantia que for pedida para o título clerical. Trate do
seu jovem Gérold. Acho sua constituição delicada, as disenterias provêm quase
invariavelmente de excessos de calor ou de frio que fazem refluir o sangue para
as entranhas. Nos dois casos, regime manso; no secundo, calor e relaxamento.
Começava a escrever ao Sr. Trousseau, mas meus
irmãos estão chegando para as direções. Assegure bem esse bom amigo de que sua
carta me tocou fortemente. Seus sentimentos são tais que agradarão a Deus e
darão consolação a todos aqueles que o amam, particularmente a mim, seu velho
amigo e Pai em N.S.
Abrace-o, e todos os demais também, por mim, e você mesmo
acredite em minha terna afeição. Aguardamos a visita do Sr. Caille.
Seu todo devotado amigo e Pai em Jesus, Maria e
José.
Le Prevost
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