A irmã do
Sr. d’Arbois está doente. O Sr. Le Prevost reconforta e tranqüiliza seu
irmão, que está acometido pelo mesmo mal. Algumas notícias. Reflexões
sobre vários postulantes.
Vaugirard,
30 de janeiro de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Rezo
e mando rezar por sua cara irmã. Tenho a boa esperança de que Deus nos vá ouvir
e afastar dela a aflição que a prova no momento. Não acho que tenha que temer,
no seu caso, nenhum cansaço semelhante. Os poucos mal-estares que sua saúde
sentiu algumas vezes são comuns a muitas pessoas, sem nenhum caráter particular
de que se tenha de se inquietar. As preocupações de sua posição vão diminuir
diariamente, tendo terminado seus trabalhos para a capela e os pagamentos a
fazer não sendo tão próximos que tenha que se preocupar. Deus, que o ajudou até
agora, completará a obra que começou com você.
Mando-lhe
inclusos 210f,
para pagar as despesas de nossos jovens irmãos no seminário. Acho que sempre
fica com a metade da pensão enviada por seu bom pai. Se não o tivesse feito,
levaria isso em conta, desejando sempre que tenha essa pequena vantagem.
Diga-me,
na sua próxima carta, se nossos seminaristas vão bem e se prestam deles bons
testemunhos.
O
Sr. Jean [Gauffriau] entende um pouco o que seus procedimentos tiveram de
imprudente, senão mais, para ele mesmo e de comprometedor para nós? Sente também
a ofensa de Deus? Quereria isso, mas será?
Não
temos nada notável e a família anda na sua via ordinária. Foi informado do
falecimento do bom padre Tridon. O Sr. Lambey, seu amigo e parente, lhe sucede.
Mandou-nos, pouco antes do falecimento do Sr. Tridon, um postulante, jovem
operário, que está em Chaville há alguns meses. É um bravo e honesto rapaz,
aberto e bem disposto, mas infelizmente nascido na roça e muito pouco
instruído. Formá-lo será uma tarefa demorada e necessariamente de um resultado
restrito. Será a mesma coisa para mais dois postulantes que a casa de Metz
acaba de nos enviar. Não podemos ainda nada prejulgar sobre sua perseverança;
também eles não são muito instruídos. Se, como esperamos, firmarem-se em sua
vocação, Deus cuidará de seu progresso. Um padre [Sr. Demante] de talento
medíocre, mas de coração elevado, pede ao Arcebispado a licença para entrar em nossa Congregação.
É de se acreditar que lhe será dada. Será, contudo, um ajudante útil, se
todavia perseverar, pois censuram-lhe um pouco de inconstância. Esta parece
menos vir da vontade do que da necessidade habitual de um conselho para sua
direção. Esse apoio lhe seria dado pela vida comum, onde a gente se concerta e
se põe de acordo para agir.
Recomendo
todas essas vontades que têm tanta necessidade de luzes e de força. Peçamo-las
a Deus.
Mil
afeições para nossos caros irmãos e para você. Todos aqui lhe ficam
cordialmente devotados.
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Ontem,
fizemos em família e amavelmente a festa de São Francisco de Sales.
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