A respeito
de um desentendimento. Exortação à prática da caridade fraterna.
Chaville,
1o de junho de 1869
Meu
caríssimos filhos em N.S.,
O
Sr. Jean-Marie [Tourniquet], informando-me de uma contrariedade que o Sr.
Charrin teve com um zuavo, está obrigado a me confessar que, em conseqüência
desse incidente, um certo desentendimento se renovou entre vocês. Pude
entendê-lo ao menos por um detalhe contido em sua carta. Vocês, todavia, me
tinham prometido, assim como ao Sr. de Varax, que esses desentendimentos não se
renovariam. Conjuro-os de novo que vivam na caridade e na paz do Senhor; de
outra forma, perderão todo o mérito de seus trabalhos e de seus sacrifícios,
tornar-se-ão desestimados e a Comunidade também perderá com vocês. Enfim,
causarão um prejuízo notável às obras que querem servir.
Pedi-lhes
formalmente, em caso de desentendimento, para submeterem o assunto ao Sr.
Jean-Marie e para entregar-lhe a decisão. Alguém é mau juiz em causa própria, a
paixão toma-lhe conta e o leva a crer com teimosia que tem razão. Uma terceira
pessoa desinteressada pode ver e julgar melhor. O Sr. Jean-Marie terá, aliás, a
ajuda de Deus, já que me representa junto a vocês. Mais uma vez, meus caros
filhos, vivam como irmãos, como verdadeiros servos de Deus. Sem isso, não há
paz e não há auxílio divino, pois Deus não está onde a caridade está ausente.
Espero que essas duas palavras de um amigo, de um Pai que os ama ternamente vão
bastar e que vão cuidar atentamente de guardar um acordo perfeito entre vocês.
Seu
afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
|