P.S.
do Sr. Le Prevost
A
respeito de uma colaboração para a Semaine
Religieuse de Tournay. Parecer solicitado sobre questões relativas às obras
e à reorganização das casas.
Vaugirard, em 7 de março de 1871
Meu caríssimo irmão em N.S.,
O Padre Geral leu sua carta com atenção e lhe agradece
pelos detalhes novos de seu último correio. Não está convencido, longe disso, da
oportunidade de um acordo tendente a encarregar um de nossos padres da redação
de la Semaine. Essa
tarefa, mais difícil para um estrangeiro do que para todos os outros (pelos
poucos relacionamentos que tem e pela ignorância de muitos detalhes e costumes
do país), parece caber naturalmente a um padre de Tournay, e já seria muito
para nós, parece, assegurar a este a ajuda de um irmão para o que diz respeito
à administração do jornal. Se for preciso ver nesse acordo proposto um meio
quase obrigatório de prestar serviço por gratidão a uma diocese tão
hospitaleira para nossos estudantes, com certeza a dificuldade de recusa será
maior. Mas, antes de aceitar, seria o caso ainda de examinar a questão, de
assegurar-se do seguinte: na prática, o trabalho pode ser cumprido quoad
tempus pelo padre de que se trata? nenhum outro meio está sobrando
para testemunhar nossa gratidão aos nossos hóspedes? enfim, o desejo de nos
limitar estritamente à esfera das obras fixadas ao nosso Instituto não deve
primar sobre toda outra consideração? Pois, não há dúvida de que la Semaine está
totalmente fora do quadro de nossa vocação e das necessidades da juventude
operária.
No que diz respeito às obras de jovens e de soldados
que nossos irmãos dirigem, o Padre Geral pensa há muito tempo em mandar-lhe uma
visita do Sr. Maignen para colher, sob sua conduta, todas as informações
capazes de esclarecer o Conselho sobre a situação dessas obras Se vê mais
coisas quando são dois a olharem: as observações do Sr. Maignen se ajuntariam
utilmente às suas no relatório que se deve fazer desses empreendimentos novos.
Provavelmente, o Sr. Maignen deveria se pôr a caminho daqui a poucos dias, para
não estar ausente de sua obra na chegada da Páscoa. Voltaria, então, a Paris
com você e o Sr. Lantiez, ou antes (a combinação não é impossível, sem dúvida)
e sua viagem coincidiria com a passagem do Sr. d’Arbois cuja volta à França vai
ser apressada um pouco. Haveria possibilidade para ter utilmente Conselho para
deter-se em alguma decisão sobre todos os assuntos que o ocupam.
Como detalhes, o Padre Superior lhe agradeceria se
quisesse lhe enviar uma palavra sobre o estado particular do Sr. Vialloux,
pouco conhecido aqui, e sobre o valor e o caráter do qual tem necessidade de
esclarecimento. O Sr. Garault será provavelmente muito necessário aqui, em
breve, por causa das muitas reparações que exige a casa de Vaugirard que os
soldados vão evacuar incessantemente. Poderia dirigi-lo para a França quando
chegar a hora?
Acho que preenchi o quadro de minha epístola.
Acrescento uma palavra de afeição para você, meu caríssimo Padre, e para nossos
irmãos cuja lembrança não me deixa um só dia.
Seu humilde e devotado servo em N.S.
B. de Varax
padre de SVP.
Esta carta, entende, meu caríssimo amigo e filho em
N.S., é antes uma série de perguntas ou pedidos de parecer que decisões
fixadas. Dê-me, portanto, seu parecer, é um pouco urgente no tocante à
utilidade de uma viagem do Sr. Maignen à sua casa. Para o envio do Sr. Garault,
seria preciso saber dele, com certeza, se não teria nada a recear aqui para o
serviço militar. Parece-me que não. Quereria também que sua volta para cá não
criasse uma dificuldade séria para seus serviços.
Seu devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Afeições a todos.