Pedido, com outros Presidentes, para mudar
a sala da assembléia geral.
Paris, 5 de dezembro de 1843
Sr. e amigo,
Um número considerável de nossos confrades me exprimem um vivo pesar sobre a
escolha do local do Instituto para nossa reunião geral. Fazem observar, com
razão, que esta primeira assembléia é ordinariamente a mais solene e a mais
numerosa de todas, que há grave inconveniente em privar os dois terços da
Sociedade de participar e de convocar 1200 pessoas para um local que só pode
receber 250.
Três presidentes se juntam a mim para apoiar esta observação e pedem com
empenho que se escolha de preferência a sala dos operários, em S. Sulpice, se não se
pode achar em outro lugar um local de assembléia igualmente cômodo e
conveniente.
Nesta sala perfeitamente decente e em tudo disposta para uma tal reunião, cabem
800 pessoas. Embora adjacente à igreja, nada tem de uma capela, nem por sua
forma, nem pelo seu uso habitual. Enfim, está desde já à nossa disposição
e, sem despesa alguma, poderíamos obtê-la e nos reunir.
Razões de delicadeza mal entendida me impediram, na última sessão do Conselho,
de insistir sobre essa proposta, mas essa era uma consideração sem valor que eu
devia ter sacrificado e que sacrifico agora sem dificuldade, unindo-me ao
pedido de nossos confrades.
Nossos amigos do Instituto católico não teriam como interpretar mal, acho, esta
mudança de resolução. As razões que a determinariam são demasiadamente
evidentes para não tocá-los os primeiros, e não ponho em dúvida que, sem atrito
nenhum seja de um lado seja do outro, eles entenderiam nosso modo de ver as
coisas e nos guardariam sua boa vontade para outra ocasião em que
poderiam melhor nos servir.
Desejo muito, Sr. e amigo, que esta reclamação não seja tardia demais;
ela prova que nossos confrades dão uma verdadeira importância às nossas
assembléias gerais e creio que, neste ponto, devemos partilhar seu sentimento.
Queira acreditar, Sr. e amigo, nos protestos costumeiros de meu respeitoso
devotamento.
Le Prevost
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