| Buscas vãs para
encontrar ajuda. O Sr. Le Prevost escreverá à Irmã Rosalie Rendu. Sucessão da
falecida Dona Delatre. Sua mãe, (nascida R. Duchatard), é atingida de hemiplegia.   Paris, 3 de novembro de 1845              
Querido amigo e irmão,              
Fiz buscas múltiplas junto ao Sr. Dupanloup, a Ledreuille137, aos
Irmãos, ao Seminário do Santo Espírito, às Missões Estrangeiras, aos
Lazaristas, em uma palavra, em todo lugar em que  vi alguma chance de
sucesso; não tive êxito em nenhum lugar. Fico sentido, caro amigo, pois entendo
seu embaraço: continuarei minhas pesquisas; mas a coisa me parece cada vez mais
difícil e receio não encontrar exatamente o que precisa, ao menos num curto
prazo. Com o tempo, se pode encontrar uma pessoa conveniente, embora, no
entanto, a posição seja como um tipo de transição que convém a um número
bastante restrito de pessoas. Vou rezar da melhor forma possível à Santa
Virgem, que sempre o tem ajudado visivelmente, para que venha ainda nesta
circunstância ao seu auxílio, a fim de não deixar sofrendo sua obra e todas as
jovens almas que ela interessa tão grandemente.              
Não pude ver, caro amigo, o filho da pobre Dona Delatre. Sei somente que ele
veio aqui para a sucessão de sua mãe; fiquei sabendo também que encontraram
ainda, escondidos e embrulhados no quarto dessa pobre mulher, 1.300f em ouro, cuja origem
datava evidentemente de bem longe, do tempo, sem dúvida, em que  ela
estava no comércio e já fazia reservas às escondidas de seu marido. A falta de
confiança na Providência sempre foi a miséria de nossa pobre protegida; a
extrema fraqueza de sua saúde, seu isolamento, sua impotência de se criar
recursos fazem-lhe um tipo de desculpa que sua caridade, meu querido irmão,
evitará com todo o cuidado de desconhecer.              
Adeus, meu querido amigo e irmão, tenho necessidade de suas orações, conceda-as
generosamente para mim.              
Sou nos corações de Jesus e de Maria            
Seu todo devotado irmão em N.S.                                                 
Le Prevost   P.S Vou escrever à Irmã Rosalie em quem não
tinha pensado para nosso jovem; ela terá talvez alguma pessoa
preciosa.      Estou
sempre desejando ir fazer um pequeno retiro junto a você, no começo do ano, se
tiver a possibilidade.              
Recomendo vivamente às suas orações minha boa mãe, com 83 anos de idade, que
acaba de ser subitamente golpeada de paralisia em todo um lado do corpo; este
acidente me dá grandes inquietudes.     
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