Conduta a
ter frente ao bispo de Arras. Atividades incessantes das obras. Desejo de ver o
Espírito Santo santificar “nossas vistas, nossos sentimentos, nossos atos”.
Peregrinação ao relicário de São Vicente de Paulo.
Vaugirard,
24 de julho de 1858
Caro
Senhor padre e filho em N.S.,
Deixo
plenamente à sua prudência a conduta a manter frente ao seu venerável Bispo. Eu
pensava mesmo que ele não contava com você para outros serviços, fora daquele
ao qual você se consagrou. Mas temia que, nesse mesmo, ele não tivesse a
vontade de deixá-lo dispor de sua pessoa nem de sua obra, sem seu controle e
sem sua direção habitual. Se você pensa que ele o veja fazer ausências
reiteradas e confiar o cuidado de sua obra, para temporadas mais ou menos
longas a substitutos, que o veja também, sem inquietude, desempenhar algumas
funções perto de nós temporariamente, não insisto, de jeito nenhum sobre meu
pedido. De outra forma, verei com bons olhos que você o avise ao menos de que,
estando extremamente cansado, você tem necessidade de descanso e que
combina conosco, para que sua obra não sofra durante as ausências que sua saúde
torna realmente necessárias.
Parece-me
bem essencial que nos coloquemos num terreno sólido e que andemos francamente
em nosso caminho. De outra forma, não chegaremos a nada de firme e estável.
Vamos
bastante bem aqui para o espírito e para o corpo. O irmão Cousin tem
mal-estares muitas vezes. Creio que, em sua saúde, levará sua cruz até o fim.
Ferdinand
se mantém mais ou menos bem. Estamos, neste momento, nas distribuições de
prêmios, escapa-se de uma para recair em outra. Assim acontece
nas obras, a atividade é incessante. Possa o Espírito do Senhor permanecer
sempre conosco e santificar nossas vistas, nossos sentimentos e nossos atos.
Adeus,
caro Senhor padre, rezamos bem por você e por suas crianças; fizemos isso
sobretudo nesta manhã, quando estivemos com nossas crianças em peregrinação às
relíquias de nosso Pai São Vicente de Paulo.
Seu
amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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