Contatos
com o padre Peigné, de Notre-Dame de Toutes Joies, em Nantes.
[25
de setembro de 1861]
Caro
filho em N.S.,
Não
sei se lhe disse corretamente meu pensamento relativamente ao assunto de
Nantes.
1o
Em termos deferentes sempre, exprimir ao Sr. Peigné que lhe parece, salvo o
aviso dele sem dúvida mais esclarecido que o seu, que uma casa de idosos o
colocaria bem fora do seu caminho, o obrigaria a um imenso empreendimento,
fonte de grandes embaraços para uma obra de pouca conseqüência espiritual que
destruiria a unidade de seus trabalhos e pesaria indefinidamente sobre ele e
sobre suas operações de outro tipo.
2o
Que a Comunidade se estabeleceria com alegria na Bretanha, essa terra abençoada
da fé e da dedicação; que, todavia, a coisa, se houvesse de se realizar,
exigiria ser preparada com muita antecedência, que não estaríamos prontos
imediatamente e deveríamos, no caso, predispor as coisas de acordo com ele, e
com maturidade.
3o
Que um pensamento lhe veio, que você lhe comunica em toda a simplicidade, que
uma tal união de sua obra com as nossas seria bem mais fácil, mais verdadeira,
mais eficaz, se ele mesmo associasse seus esforços aos nossos trazendo à
Comunidade o apoio de seu zelo, de sua experiência e dos dons preciosos que
Deus colocou nele, unindo-se a nós, em uma palavra, como o fizeram os Srs.
Halluin e Risse, em Arras e em Metz; que assim ele poderia preparar os
caminhos, atraindo a ele alguns sujeitos de elite, modelando-os de antemão,
fazendo ao seu redor um pequeno núcleo de amigos dedicados que se dariam às
nossas obras e, fortalecendo a Comunidade, a colocariam melhor em condições de
dar-lhe alguns sujeitos formados para auxiliá-lo em Nantes; que uma decisão
semelhante, você o sente, pediria reflexão, não se poderia realizar senão com
circunspeção e sábia medida, mas que, em si, ela lhe pareceria do mais alto
interesse para o futuro das obras de patronato que ele tem a peito, como nós,
fundar sobre bases sólidas, para a glória de Deus e o bem das almas.
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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