| Estada do
Sr. Le Prevost em
 Duclair. Argumentos para conseguir de uma benfeitora a pensão
de vários seminaristas.   Duclair,
4 de setembro de 1865   Caríssimo
amigo e filho em N.S.,   Suponho
que, no momento em que lhe escrevo, você esteja no caminho que leva a Montcoy.
Dirijo-lhe para lá estas duas linhas, duas linhas sem mais, já que, daqui a
pouquíssimos dias, completaremos de viva voz os colóquios por demais abreviados
das comunicações epistolares.   Como
está vendo pela data desta carta, estou momentaneamente em Duclair. Devia
ficar aqui 4 ou 5 dias somente, mas os mal-estares que sentia antes de minha
saída diminuíram sensivelmente, logo na minha chegada aqui, e achei útil
prolongar um pouco minha estada, que será de 11 dias no total. Fico até
quinta-feira, dia 7. Penso, pelas indicações de suas cartas, que você mesmo
estará pouco depois entre nós. Esta palavra é amável: volta-se de bom grado
para onde se está sempre esperado. Todos os nossos irmãos o esperam, os de
Chaville notadamente. O Sr. Camus o aguarda para comprar os livros que deve
adquirir.   Não
recebi notícias recentes de nosso irmão Chaverot.   A
carta da Senhora Cottu é um pouco ameaçadora, não acho que seja definitivamente
inquietante; mas, é uma mulher que raciocina e que não quer fazer nada sem que
sua razão seja satisfeita. Procure dar-lhe esse contentamento. Contando com sua
ajuda benevolente, segurei os lugares em Issy para nossos estudantes. Você
poderia dizer-lhe isso, essa razão tem algum valor. Mas que melhor motivo
para  se decidir pode ela pedir além deste: dará à Igreja um padre
dedicado, desinteressado, que se consagrará à instrução e à salvação das
classes operárias tão extraviadas pelo erro, tão dispostas, no entanto, a
voltar à verdade quando brilha ante seus olhos. Tenhamos confiança, Deus vela
por nossos pobres jovens irmãos e não os deixará bater em vão às portas de seu
santuário. São piedosos, inteligentes e de coração elevado, o bom Mestre não
rejeita os assim que dotou assim .   Aí
está tudo o que vou dizer-lhe hoje, caríssimo amigo, alegro-me muito em revê-lo. Talvez
faria bem escrevendo uma palavrinha ao Sr. Chaverot, avisando-o de que você
volta e perguntando-lhe qual será a data de sua volta. Esquecia de lhe dizer,
coisa, porém, interessante, que nosso retiro, dado pelo R.P. Milleriot,
começará no domingo à noite, dia 24 deste mês. Será bom avisar disso o Sr.
Chaverot. Você seguirá esse retiro, nem precisa falar, com os ouvidos e a boa
vontade somente, deixando a cabeça no seu perfeito repouso.   Abraço-o
bem cordialmente em N.S.
 Tenho sempre vontade, quando lhe escrevo, de oferecer meus
respeitos a seus bons pais; se  chegam (esses respeitos) em momento
inoportuno, reserve-os para os dias desejados em que toda nuvem tiver
desaparecido entre a pobre Comunidade e sua querida família.   Seu
amigo e Pai em N.S.                                                 
Le Prevost   
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